O BARDO E O BANJO
Quem disse que mundo da música country é exclusivo dos EUA? A invenção pode ter sido por lá, mas a influência do chapéu de boiadeiro se espalhou por aí – e chegou até São Paulo, de onde sai o quarteto O Bardo e o Banjo, novos representados da Punks S/A.
O quarteto, que se orgulha do poder da relação acústica com a audiência – sem cabos ou amplificadores – começou a carreira brigando com o ambiente mais barulhento possível: a rua. Foi nas calçada paulistanas que Wagner Creoruska tocava suas primeiras composições; e ali onde, em 2012, a banda se tornou um quarteto, com a chegada de Marcus Zambelo, Maurício Pilcsuk e Peter Harris.
As linhagens todas do rústico interior americano dão gás às composições do Bardo e o Banjo, passeando pelo folk, hillbilly e bluegrass – seja mantendo o pé nas raízes dos ídolos máximos do gênero ou atualizando a sonoridade com uma força do “rock caipira” dos anos 2000.
A carreira deu em “Homepath”, o primeiro disco lançado (depois de dois EPs vendidos nos shows) em 2014 com composições próprias. Mas o quarteto não fica só nas músicas autorais, nem preso numa estética antiga. Com mandolin nas mãos, o repertório passeia por versões caipiras de Motorhead, Black Sabbath e até Dire Straits.
Ajeite o chapéu na cabeça e bata o ouvido nesses rapazes.