CARLOS PITTY
Carlos Pitty é um cantor e compositor nascido no Paraná e que iniciou sua carreira aos 12 anos se apresentando em programas de rádio e festivais regionais.
Começou a carreira profissional como músico em 2002 lançando o disco “Eu Sou Assim”. Três anos depois, mudou-se para São Paulo atrás de novas oportunidades no meio artístico e lançou mais um disco, desta vez acústico, intitulado “Vida”.
Desde então mais discos foram lançados: “8 ou 80”, “Brasil ou Portugal” e “Passe de Mágica”, além dos singles “Fui Traído”, “Taxista”, “Nosso Casamento” e “Enquanto o Povo Fala”.
Carlos é compositor de mais 400 músicas, sendo pelo menos 200 delas interpretadas por artistas regionais e de apelo nacional, com nomes que vão de Banda Passarela, Gabriel Rocha e As Mineirinhas até Wesley Safadão, Bruno e Marrone e Simone e Simaria. A música “Alô Porteiro”, sucesso na voz de Marília Mendonça e que já ultrapassou os 200 milhões de visualizações no Youtube, é de autoria de Pitty.
E agora, esse grande talento da música sertaneja entrou para o time da Punks S/A!
Recentemente batemos um papo com o cara para falar um pouco sobre as dificuldades que ele encontrou ao chegar em São Paulo saindo do interior do Paraná e também sobre o sucesso imenso de “Alô Porteiro”, e o que ele teve a dizer você confere abaixo!
Quais foram as dificuldades que você encontrou vindo para São Paulo?
Ainda no Paraná eu trabalhava com relações públicas, fiz faculdade de Letras; não me dedicava unicamente à música.
Gravei meu primeiro CD com apoio do próprio diretor da rádio em que trabalhava. Ele ouviu o meu show e comentou que seria uma boa eu gravar um disco. Lancei aquele CD, e em pouco mais de um ano já veio o primeiro laço.
Levei um golpe de um falso empresário, fiquei muito desiludido e não tinha para onde ir, então resolvi ir para São Paulo. Não conhecia quase ninguém, porque São Paulo é um mundo, são vários países dentro da cidade, então quando cheguei, senti a dificuldade. Fiz contatos que não tinham muito retorno, e muito menos apoio.
“Muitos artistas que fecharam as portas para mim e não acreditavam no meu trabalho, hoje estão gravando as minhas músicas.”
Eu tinha 5 músicas gravadas na época, hoje em dia estou me aproximando de 200 e criei um projeto independente, entrevistando artistas, e foi aí que comecei a ter uma abertura maior; muitos artistas que fecharam as portas para mim e não acreditavam no meu trabalho, hoje estão gravando as minhas músicas.
Uma delas virou um hino no Nordeste, praticamente, com mais de 230 milhões de acessos no Youtube, gravado por uma das maiores artistas do momento, a Marília Mendonça. Além de ser interpretado por Ivete Sangalo, Gusttavo Lima, Aviões do Forró, Simone e Simaria… Tudo isso foi uma conquista muito grande e hoje digo que valeu a pena eu ter tentado, insistido, persistido e enfrentado todas as dificuldades.
E apesar de às vezes surgir aquele momento de recaída, do tipo “Será que eu fiz a coisa certa?” “Será que volto?” “Será que continuo?”, felizmente eu continuei e estou feliz agora.
Qual foi sua inspiração para criar a música “Alô Porteiro”?
“Alô Porteiro” é a minha música carro-chefe como compositor, uma das canções que mais teve repercussão na mídia. Só com a Marília Mendonça são 230 milhões de acessos, fora as interpretações de Ivete Sangalo, Simone e Simaria, Wesley Safadão, Aviões do Forró, Gusttavo Lima…
Toda música a gente faz um laboratório, não é aquele lance de “vou pegar um copo de uísque, um copo de vinho e vou fazer.” Às vezes a gente faz música para nós mesmos, você quer falar do seu sentimento, do seu coração. Quando a gente pensa em comercializar, a gente já faz uma pesquisa de mercado, o que tem rolado nas rádios. Tanto que depois disso muita gente fez música falando sobre porteiro e portaria. Claro que foi para tentar ter um bom alcance, mas a nossa teve tanto destaque que fica impossível terem o mesmo destaque.
Com “Alô Porteiro” foi mais ou menos assim, eu cheguei em casa, e sempre passo por uma portaria, então comecei a falar com o porteiro, perguntando o que ele já tinha ouvido de problemas no prédio e tal. Depois disso conversei com um amigo, que é um dos parceiros da música, e falei que estava com uma ideia de fazer uma música sobre portaria de prédio e ele tinha ideia sobre porteiros, então unimos forças. Depois disso entrou mais um compositor, o Adriano Bernardes, e deu tudo muito certo, porque a música estourou não só no Nordeste, como no Brasil inteiro.